terça-feira, 1 de novembro de 2016

Botijão de gás pode sofrer reajuste no Piauí a partir da próxima segunda (7)



O impacto estimado pela Petrobrás sobre os preços do botijão de 13 kg é de R$ 0,20 por unidade, na média do país. Isso representa 0,36% no preço de um botijão.


Após comunicado da Petrobrás às distribuidoras de gás liquefeito de petróleo (GLP, o gás de cozinha), sobre a nova política de preços do combustível, que representa repasse de 4% para as distribuidoras a partir de hoje (1), o preço do gás de cozinha pode aumentar para os consumidores piauienses, é o que informa o Sindicato dos Revendedores de Gás Liquefeito de Petróleo do Estado Piauí (Sindirgás-PI). De acordo com o órgão, o preço do botijão de gás em todo o estado pode sofrer reajuste a partir da próxima segunda-feira (7).
O presidente do Sindirgás-PI, Wellington Nunes, explica que a decisão pelo aumento é das próprias revendedoras, que podem aumentar o preço do botijão de gás para o consumidor final ou absorver o reajuste. “A decisão do repasse ao consumidor é livre para as revendedoras, por isso pode sofrer reajuste. Nós vamos aguardar até a próxima semana, para podermos analisar como vai ficar. É certo que para as revendedoras vai aumentar, mas ainda não sabemos como vai chegar para o consumidor, porque ainda estamos trabalhando com o estoque do mês de outubro”, explica.
Foto: Andrê Nascimento/O Dia


De acordo com a gerente de vendas de uma das revendedoras do Piauí, Iracitã Cristóvão, o repasse ainda não chegou às empresas. “Nós ainda não recebemos esse repasse, então ainda estamos praticando o mesmo valor do mês de outubro. Estamos esperando a Petrobrás nos passar o repasse, para termos uma estimativa do reajuste”, revela.
Segundo o comunicado da Petrobrás, o aumento resulta de mudanças nos contratos de venda de GLP da Petrobrás para as distribuidoras, que passam a incluir taxas pelo uso da infraestrutura da estatal. Empresas que usam tanques de armazenagem da companhia para estocar o produto pagarão mais caro agora. Sendo o Nordeste, a região a sofrer mais impacto do reajuste, pois a maior parte dos contratos terá ajuste de 4%.
Esclarecimento
A Petrobrás divulgou em nota, na manhã de hoje, que não fez qualquer mudança na tabela de custos do GLP, que continua tendo a mesma tarifação. No entanto, a companhia afirma que alterou os contratos de fornecimento de GLP com as distribuidoras para melhor refletir custos de logística que tipicamente deveriam por elas ser cobertos, mas que eram suportados pela companhia. Na prática, está se reduzindo subsídios às distribuidoras de GLP. 
O impacto estimado pela Petrobrás sobre os preços do botijão de 13 kg, que é a referência para uso residencial, é de R$ 0,20 por unidade, na média do país. Isso representa 0,36% no preço de um botijão que custe R$ 55,00, por exemplo. De acordo com cálculos internos, o impacto máximo, desconsiderando a média nacional, não ultrapassará R$ 0,70 por botijão nos preços cobrados pela Petrobras às distribuidoras. 
A companhia ressaltou também que a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de derivados, as revisões feitas pela Petrobras nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor, e que não tem qualquer ingerência na precificação final adotada por distribuidoras e revendedores de combustíveis. Além disso, a empresa argumenta que esse movimento é importante para evitar distorções e estimular investimentos na cadeia de logística. 
Por: Nathalia Amaral - Jornal O Dia

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