quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Ibama investiga venda de pássaros silvestres pelas redes sociais no Piauí

Quatro pessoas que vendem esses já animais foram identificadas.
Pássaros em extinção, como bigode e curió, são comercializados nas redes.

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No Piauí, pássaros estão sendo comercializados através das edes sociais. Alguns desses animais estão em extinção. A prática parece ser comum em Teresina. Quatro pessoas que vendem esses animais foram identificadas. A irreglaridade vem sendo investigada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Na internet pode se vender e comprar de quase tudo, desde carros até casas, mas animais silvestres não é permitido. Nem mesmo em comércio normal é regular praticar este tipo de venda. Em prints retirados de redes sociais foram encontradas, pelo menos, três pessoas que diferentes oferecem pássaros, de espécies como o bigode e o curió, que está ameaçados de extinção.
Eles negociam e deixam claro o números de telefone para contato. Em um dos comentários eles chegam a comentar do risco da polícia ou do Ibama em descobrir essas publicações. E um deles justifica afirmando que está "precisando de dinheiro".
A reportagem da TV Clube entrou em contato com os números que aparecem nas páginas para conversar com os responsável por vender pássaros.
Em um dos trechos, ele afirma que varia muito os tipos de pássaros e que é necessário a pessoa ver a éspecie. Ele diz ainda que tem filhotes a partir dos três meses de vida. “Porque varia um pouco, tem uns de raça, tem o pé duro, entendeu? Eu já tenho uns filhotes, aqui, já tem três meses, já tão cantando curruchiando, esses, eu vendo a 80, na mão, entendeu?”.
As outras duas pessoas que divulgaram os números em anúncios dizem que já venderam os animais que estavam oferecendo nas redes sociais. “Só foi esse mesmo, eu não tenho não, eu nem gosto de bicho, é porque ele tava mudando, mudando a penagem, ai, eu fiquei com pena, ele é até do meu esposo. Meu esposo, viajando e peguei e vendi”.
O outro diz: “Não, não, eu não tenho, mais não, ele não eu só tenho belga, só tenho canário belga agora, agora”.
Todos os prints foram retirados de uma página na internet de vendas em Teresina. O Ibama disse que esse tipo de crime é comum, por causa da falsa sensação de impunidade que a internet proporciona.
O caso foi encaminhado para a Superintendência do Ibama no Piauí, que está investigando o comércio irregular.
“O primeiro passo é buscar o rastreio da autoria desse crime ambiental. Em cada estado nós temos os núcleos de inteligência e na administração central temos a coordenação de inteligência, então buscamos a identificação do registro também com a ajuda de outros parceiros, como a polícia. A punição principal é a multa que varia pelo tipo de animal e raridade, apreensão do animal e de material como gaiola e a comunicação de crime ao Ministério Público ”, explicou Adélquis Monteiro, superintendente subistituto do Ibama.          
De acordo com o Ibama, todos os sete pássaros de uma das pessoas identificadas foram apreendidos e encaminhados para o centro de triagem. Ele foi multado em R$ 3.500. Um outro identificado foi notificado para comparecer ao Ibama para esclarecer sobre a publicação. Os demais mencionados na reportagem também serão notificados.

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