quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Pesquisadores testam 'vacina universal' contra o câncer com sucesso em humanos



Há algumas décadas, o diagnóstico de um câncer era equivalente a uma sentença de morte. A medicina e a tecnologia avançaram, e hoje em dia há mais pacientes que conseguem se curar ou, ao menos, prolongar bastante suas vidas mesmo após a descoberta de um tumor. Mas o futuro promete ainda mais.
Imagine só levantar-se em um dia tranquilo e caminhar até um posto de vacinação para se prevenir totalmente de qualquer tipo de câncer? Pesquisadores estão próximos de oferecer uma comodidade parecida à raça humana, segundo a publicação dos resultados iniciais de testes de uma vacina universal contra o câncer em humanos.

De acordo com o jornal The Independent, “pesquisadores encontraram uma forma de persuadir o sistema imunológico a atacar tumores”. A vacina foi testada em alguns humanos e também em ratos, e os resultados foram “muito positivos”. Essas pesquisas foram publicadas na revista Nature.

 Uma equipe internacional de pesquisadores descreveu como eles pegaram pedaços de código genético RNA de câncer, puseram em pequenas nanopartículas de gordura e então injetaram a mistura na corrente sanguínea de três pacientes em estágio avançado da doença. Os sistemas imunológicos dos pacientes responderam produzindo linfócitos T “matadores” designados a atacar o câncer.
Segundo os pesquisadores, que foram liderados pelo professor Ugur Sahin, da Universidade Johannes Gutenberg, da Alemanha, os experimentos também foram bem-sucedidos contra tumores que cresciam “agressivamente” em ratos. A vacina ainda possui produção barata, e pode combater praticamente qualquer tipo de células cancerígenas.

"Passo muito positivo"

Os três pacientes que foram sujeitos aos testes, no entanto, não foram curados completamente do tumor. Um deles, que tinha oito tumores que começaram como câncer de pele e já atingiam os pulmões, apresentou estabilidade clínica nesses tumores após receber a vacina.

Outro teve um nódulo suspeito que apresentou redução, enquanto um terceiro, que teve os tumores retirados cirurgicamente, ficou livre de qualquer célula com câncer sete meses após ter tomado a injeção.

No entanto, apesar de serem resultados "animadores", a doutora Helen Rippon, chefe executiva do Worldwide Cancer Research, alerta que ainda é um apenas um passo em direção de chegar a formas mais rápidas e baratas de curar a doença.

 É necessário fazer mais pesquisas em um número maior de pessoas com diferentes tipos de câncer e por períodos maiores de tempo antes de dizermos que descobrimos uma 'vacina universal para o câncer'. Mas esta pesquisa é um passo muito positivo em direção a esse objetivo global.

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